domingo, 27 de junho de 2010

Financiamento ou Consórcio imobiliário?

Existem algumas diferenças fundamentais entre o financiamento imobiliário, aquele que você consegue uma carta de crédito no banco e compra um imóvel à vista (você vai ficar devendo para o banco, mas compra do imóvel é à vista) e o consórcio imobiliário, que nada mais é do que um grupo de pessoas que se juntam para auto-financiar a compra dos imóveis.

Por um lado, o custo final direto da aquisição de um imóvel através de financiamento é mais alto do que através do consórcio (basicamente, no financiamento são cobrados juros, enquanto que no consórcio é cobrada uma taxa de administração).  Porém, por outro lado, no financiamento normalmente o interessado ocupa imediatamente o imóvel, enquanto que no caso do consórcio, o cliente pode ter que esperar vários anos.

Qual a melhor opção? Financiamento ou consórcio? 
Depende do perfil de cada comprador. Se você precisa de um imóvel imediatamente, o financiamento pode ser a melhor opção. Você vai pagar mais caro (prestações mais altas), mas vai ter um imóvel pronto para morar “imediatamente” (a menos que esteja comprando um imóvel em construção). No caso do consórcio, você pagará prestações menores, mas vai ter que arcar com os custos de moradia até o dia em que for sorteado, sem contar que pode haver um descompasso entre o valor da sua carta de crédito e o valor do imóvel que você havia planejado comprar anos atrás.


terça-feira, 8 de junho de 2010

Veja o que fazer antes de realizar um financiamento de imóvel





O momento é oportuno para realizar o sonho da casa própria. Nunca houve tanto prazo para financiar a compra de um imóvel. Bancos oferecem até 30 anos, mas o prazo médio da operação é de seis anos, o maior desde 2002, segundo o Banco Central. Nunca tanto dinheiro foi liberado para a casa própria. Nos 12 meses encerrados em abril, foram liberados R$ 993 milhões, 45% a mais do que no ano passado. Apesar da disponibilidade de crédito fácil e de prazos a perder de vista, é bom pensar e repensar antes de realizar esse sonho. Veja as dicas que a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro-teste) dá:

Primeiros passos para o financiamento
  • ·         O financiamento comprometerá por um longo tempo uma boa parte de sua renda, já que as parcelas são altas. Assumir uma dívida tão longa deve ser uma decisão bem pensada.
  • ·         Defina o valor do imóvel, quanto pode dar de entrada e em quanto tempo pretende quitar o financiamento. E o mais importante: quanto você pode pagar por mês.
  • ·         A renda necessária para você conseguir o financiamento vai depender do valor do imóvel e do prazo de financiamento. Pode ser necessário tentar encaixar seu salário em mais de uma linha até encontrar a que melhor atenda às suas expectativas, ou até mesmo juntar sua renda com a de outras pessoas para conseguir o financiamento que deseja.

Parcela fixa ou variável?
  • ·         Nas parcelas fixas, é usado o sistema de amortização da Tabela Price: as primeiras prestações são compostas de mais juros e menos amortização. Com o passar do tempo, variam no sistema inverso, com mais amortização e menos juros.
  • ·         As parcelas fixas tendem a ser mais caras, porque as taxas são mais altas. E apesar de não haver correção, as instituições embutem uma TR projetada.
  • ·         Nas parcelas variáveis, se houver queda da TR, as parcelas podem ficar cada vez menores. No entanto, a opção por parcelas variáveis envolve a correção do saldo devedor pela TR.

Diminua a mordida sobre você
  • ·         Se puder, antes de dar entrada, poupe por um ano o que pagaria ao financiamento. Isso diminui o valor a ser financiado.
  • ·         Use todo o saldo do FGTS como entrada. Para isso, tem que ter contribuído por pelo menos três anos.
  • ·         A cada dois anos, por exemplo, saque seu FGTS e amortize parte do saldo devedor para se livrar mais rápido da dívida.
  • ·      Sempre que tiver uma sobra de dinheiro (férias vencidas, 13º salários, etc.), use-a para amortizar o saldo devedor.

Restrições que você pode encontrar
  • ·         A idade que o mutuário terá no final do contrato. Ela pode ser limitada em 70, 75 ou 80 anos. Ou seja, a partir de 52 anos já começa a ficar complicado ter um contrato de 20 anos.
  • ·      Imóveis localizados em uma região não-urbanizada, se forem de madeira ou pré-fabricados, para uso de veraneio ou lazer, ou se estiverem em situação irregular.

Fique de olho nos seguros e em outras despesas
  • ·         Todo contrato de financiamento imobiliário inclui apólices de seguro de vida e de danos físicos ao imóvel. Estes acréscimos afetam o valor da parcela mensal.
  • ·         O valor do seguro de vida varia mensalmente de acordo com o saldo devedor e a idade do proponente.
  • ·         O seguro do imóvel é reajustado de acordo com o valor do imóvel atualizado, ou seja, cresce ao longo dos anos.
  • ·         Em geral, o comprador do imóvel não é alertado sobre as despesas burocráticas: taxa de avaliação do imóvel e análise jurídica, e tarifa mensal referente a serviços administrativos.
  • ·         Tenha em mente que o crédito imobiliário não é apenas empréstimo mais juros. Ainda envolve taxas administrativas e seguros e precisa de todo um cálculo para que se saiba seu verdadeiro custo.

Fonte: ClicRBS